quinta-feira, 25 de março de 2010

A árvore dos problemas







Eu contratei um carpinteiro para me ajudar a restaurar uma velha casa de fazenda. Ele teve um dia de trabalho muito pesado. Um pneu furado fez com que ele perdesse uma hora de trabalho, sua serra elétrica pifou e, no fim do dia, o motor de sua velha camionete se recusou a funcionar. Ele permaneceu totalmente em silêncio, enquanto eu lhe dava uma carona até sua casa.

Ao chegarmos, ele me convidou para conhecer sua família. Quando nos dirigíamos para a entrada da casa ele parou frente a uma pequena árvore e tocou as pontas de alguns galhos com ambas as mãos. Assim que a porta abriu, ele mudou seu semblante totalmente. Sorrindo ele abraçou com alegria seus dois filhos pequenos e beijou sua esposa.

Quando ele me acompanhava até o carro, eu não resisti e perguntei qual o significado do que ele tinha feito quando passamos pela árvore antes de entrar em casa. “Oh, esta é a minha árvore dos problemas”, ele respondeu. “Eu sei que não há como evitar alguns problemas no trabalho, mas de uma coisa estou certo, problemas não devem entrar em minha casa, onde estão minha esposa e filhos. Então, eu simplesmente penduro os problemas na árvore antes de entrar em casa. De manhã eu os pego de volta” Ele sorriu e disse: “Uma coisa engraçada, quando eu os pego de manhã, eles são menos numerosos e menos graves do que eram quando eu os pendurei na noite anterior”.

Autor desconhecido

domingo, 21 de março de 2010

Parabéns, Ayrton!


Segundo definição do dicionário Aurélio, Herói é um Homem extraordinário pelos feitos guerreiros, valor ou magnanimidade. Para os que acompanharam a fórmula 1 nos anos 80 e 90, Herói resume-se a uma só palavra: SENNA!
Quem teve a infância desenhada naqueles anos, se acostumou desde cedo a ver o Ayrton como um herói, tal qual o superman, o homem aranha, o batman... um herói dos tempos modernos... um cara, um brasileiro que nas manhãs de domingo "lutava" contra os vilões e... no final, ao invés de uma espada, erguia a bandeira brasileira e cerrava os punhos em um gesto imortal.
Um menino mágico que invadia nossas casas e, diante de um país mergulhado em crises políticas oriúndas de planos mal elaborados, trazia de volta o espírito do patriotismo, do amor por essa terra tupiniquim.
Desde cedo nos acostumamos a vê-lo como nosso orgulho, nosso herói verde e amarelo que a bordo de um cockpit de fórmula um, carregava todo um país, todo um povo sofrido que considerava as vitórias do herói franzino,de sorriso tímido... também seus triunfos!!
Como esquecer das vitórias em Interlagos? Donington Park? Japão? Impossível!!! Foram momentos singulares que ficarão cravados na memória de muita gente e eternizados naquelas pistas...
Desde cedo nos acostumamos a ver o Ayrton como um verdadeiro herói. Um herói igual àqueles das histórias infantís... só que esquecemos que, diferentemente daqueles, ele era de carne e osso, frágil e mortal. Um dia, imprevisível e injusto por sinal, ele se foi... e o país inteiro se vio chorando por perder alguém seu, alguém íntimo, da família mesmo...
Hoje ele não está mais nas pistas fazendo o que tanto gostava, mas seus gestos, suas vitórias, seu orgulho em fazer esse país acordar nas manãs de domingo e se prostrar em frente à tv esperando suas vitórias... isso é imortal e permanece pra sempre conosco. E mesmo com o passar do tempo, Ayrton senna será pra sempre o herói brasileiro. O homem que com simplicidade, ousadia, talento e amor à pátria sempre seguirá como exemplo de ser humano para esse país!

Hoje, se estivesse entre nós, ele estaria completando 50 anos.
Onde você estiver...
PARABÉNS, ETERNO CAMPEÃO!!!!!

quinta-feira, 4 de março de 2010


C A T I V A R

(Trecho de "O Pequeno Príncipe" - de Saint-Exupéry)


Bom dia, disse ele.

—Bom dia, disseram as rosas.
— Quem sois ? perguntou o príncipe
— Somos rosas.

— Ah! exclamou o principezinho...

E ele sentiu-se extremamente infeliz. Sua flor lhe havia contado que ela era a única de sua espécie em todo o universo.

E eis que haviam cinco mil, igualzinhas, num só jardim!

Depois refletiu ainda:

"Eu me julgava rico de uma flor sem igual,

e é apenas uma rosa comum que eu possuo...

Isso não faz de mim um príncipe muito grande...

" E, deitado na relva ele chorou.

Foi então que apareceu a raposa:

—Bom dia, disse a raposa.
— Bom dia, respondeu polidamente o principezinho.
— Quem és tu? Tu és bem bonita...
— Sou uma raposa, disse a raposa.
— Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste.

— Eu não posso brincar contigo, disse ela. Não me cativaram ainda

—Que quer dizer "cativar" ?
— É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
— Criar laços ?

—Tu és ainda para mim um garoto igual a cem mil outros garotos.
E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim.
Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas se
tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim ÚNICO no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
E a raposa continuou:
— Minha vida é monótona. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros.

Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.
O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música.

E depois, olha!

Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil.

Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste!

Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado.

O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti.

E eu amarei o barulho do vento no trigo...

— Por favor... cativa-me! - disse a raposa.

— Bem quisera, disse o principezinho. Mas tenho pouco tempo

e amigos a descobrir e coisas a conhecer.

— A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa.

Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma.

Compram tudo pronto na lojas.

Mas como não existem lojas de amigos, eles não têm mais amigos.

Se tu queres um amigo, cativa-me !

— Que é preciso fazer ?

— É preciso ser paciente. Sentarás primeiro longe. Eu te olharei e tu não dirás nada.

A linguagem é fonte de mal-entendidos.

Mas cada dia sentarás mais perto... E virás sempre na mesma hora.

Se tu vens às 4, desde às 3 eu começarei a ser feliz.

Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz.

Às 4 horas, então, eu estarei inquieta e agitada:

descobrirei o preço da felicidade.

Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de

preparar o coração...

Assim, o principezinho cativou a raposa.

Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:

— Ah! Eu vou chorar.

— A culpa é tua, disse o principezinho. Eu não queria te fazer mal,

mas tu quiseste que eu te cativasse...

— Quis.

— Mas tu vais chorar !

— Vou.

—Então não sais lucrando nada!

—Eu lucro, por causa da cor do trigo.

—Vais rever as rosas e volta. Tu compreenderás que a tua é ÚNICA no mundo.

E ele disse às rosas:

— Vós não sois iguais à minha rosa, vós não sois nada.

— Ninguém vos cativou e nem cativastes ninguém.

—Sois como era a minha raposa, mas eu fiz dela um amigo.

—Agora ela é ÚNICA no mundo.

—Sois belas, mas vazias... A minha rosa sozinha é mais importante que vós todas.

—Foi dela que eu cuidei, ela é a minha rosa!

—Adeus, disse ele.

— Adeus, disse a raposa.

—Eis o meu segredo: Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Foi o

tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.

Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer.

Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.

TU ÉS RESPONSÁVEL PELA ROSA...

— Sou responsável pela minha rosa...repetiu ele a fim de se lembrar...


"Tú te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."

terça-feira, 2 de março de 2010

Diário de Bordo... LUTO




O que nos faz pensar, sentir, quando um menino cheio de alegria, sonhos,
vida... se vai tão tragica e rapidamente?
Como definir o sentimento que nos toma quando vemos tanta gente que vive fazendo o mal
por aí, enquanto tantos outros, tão cheios de vida, se vão precocemente...?
Bem, hoje estou fazendo "das tripas coração" para escrever esse diário de bordo.
Hoje fui surpreendida pela morte de um aluno da 7ª série da escola de aplicação.
Bem, eu e toda a escola. Definir o que estou sentindo é muita presunção...impossível!!!
Diante dessas tragédias que nos surpreendem ficamos meio que...anestesiados! É essa a palavra!!!
Sim, estou anestesiada. Fiquei mais ainda quando vi o sofrimento e o desespero dos pais do aluno Michael. Fiquei também quando vi a pequena irmã sozinha, sem muito entender o que acontecera, mas já sentindo-se só...
E também senti quando vi os colegas de sala e de colégio em silêncio, perplexos entrando no colégio e transformando aquela rotina em um imenso funeral, onde só se ouviam as passadas
dos tênis no asfalto e do soluçar dos mais próximos a Michael.

Não sei como conseguirei entrar naquela sala e não ouvir mais o, já habitual:
- Professora, eu não trouxe o livro de espanhol!!
Aí eu fazia cara de brava e ele remexia a bolsa e dizia com um sorriso estampado no rosto:
- Eita, eu trouxeeeeeee!!!!!!

Michael não era uma excelência em comportamento..., mas esse ano ele estava diferente. Desde o início eu tinha percebido...
Parece que as brincadeiras de outrora tinham sumido e o menino grandão realmente estava crescendo e "tomando juízo"...

Espero que Michael esteja em um bom lugar agora. Seu sorriso enorme, seu andar preguiçoso,
seu jeito "enrolão", sua vontade de ser gente grande permanecerão para sempre nos corações de nós, professores, e de todos aqueles que conviveram com ele...

Vai em Paz, menino!! =(

segunda-feira, 1 de março de 2010

Aquarela by Toquinho



Impossível não se encantar com essa música...
Simplesmente lindaaaaaa!!!!
Encanta a alma, com certeza!