segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Esperança - Mario Quintana




Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...


Até quando essa louca vai existir no nosso meio...?
até quando vamos conseguir cultivá-la?
Diante da barbaridade cometida contra o estudante
Alcides Lins, fica difícil acreditarmos, termos esperança
de um mundo melhor, onde nossos sonhos possam ser sonhados
e não destruídos, interrompidos cruelmente!!

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