segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Mostra de artes

Os preparativos estão indo de vento em poupa ... como mostram esses postes da pracinha pintados por nossos alunos!

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Um pouco de poesia na vida...


                                                    Não te deixes destruir...
                                                    Ajuntando novas pedras
                                                 e construindo novos poemas.
                                              Recria tua vida, sempre, sempre.
                                   Remove pedras e planta roseiras e faz doces. 
                                                                Recomeça.
                                                    Faz de tua vida mesquinha
                                                                um poema.
                                                E viverás no coração dos jovens
                                          e na memória das gerações que hão de vir.
                                       Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
                                                           Toma a tua parte.
                                                         Vem a estas páginas
                                                         e não entraves seu uso
                                                              aos que têm sede.

                                                                          Cora Coralina (Aninha e suas pedras)

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Vitória


Ver  uma aluna que repetiu de ano e, para muitos, vista como mais um caso resultante
da fragilidade de nossa escola pública e do comodismo, com esse sorriso bobo no rosto por essa vitória e, ainda,  com a certeza de que é capaz de ir muito mais longe... simplesmente é extremamente
gratificante para mim. As palavras dela diante da professora mais boba ainda ficarão em mim para sempre, ecoando cada vez que eu titubear com os desafios da minha profissão. E suas palavras finalizam esse post, mais uma vez me emocionando...
"Tati, vamos lutar pela medalha de ouro. Somos Nordestinas e vamos provar a esse povo de pensamento pequeno o que os herdeiros de Ariano e Lampião são capazes de conquistar!!"

Amém, Iara!!!

domingo, 26 de outubro de 2014

"Não faz sentido odiar quem nos odeia..."



Poucas frases caíram tão intensamente em mim, nesta última semana, como esta do grande Chico Buarque. Tenho sido silenciosa mais que de costume, mais quieta, observadora e caçadora implacável da paciência e do discernimento para administrar determinadas situações desagradáveis sobre as quais não estou nem um pouco acostumada a enfrentar.
Sempre preferi levar comigo o princípio de não cultivar coisas pequenas, situações e pessoas que me fazem mal, que funcionam como ervas daninhas ou pragas em meu jardim florido e repleto de borboletas, mas essa semana , mais uma vez sucumbi a essas situações...
Meu silêncio que me torna forte por fora, é o mesmo que me despedaça por dentro, fazendo com que os estilhaços fiquem a mostra, fortalecendo quem ou o que me atinge.
Mesmo assim, não alimento o ódio... me pego a sorrisos verdadeiros, a palavras doces, a abraços fortes que dizem "eu estou aqui!"sem produzir um único som, a pessoas que confiam em mim e no meu trabalho e aos que me amam de verdade.
Tem sido difícil suportar. Minha transparência complica a situação e me torna alvo frágil de balas sem asas que partem sempre da mesma direção ...
Como isso me faz mal...
Mas, "não faz sentido odiar quem nos odeia"... e mesmo diante das balas, tenho procurado usar a luz para me defender até porque aprendi que oferecemos o que possuímos e, como toda a certeza do mundo, em mim não habita o ódio e sim coisas boas que me fazem despertar todos os dias e agradecer por sentir a luz do sol bater em meu rosto mais uma vez...


quinta-feira, 23 de outubro de 2014

COMUNICADO - 2º MAESP


                             Gente, devido à transferência do feriado do funcionário público do dia 28/11 para
31/11, mais uma vez, nossa IIª MAESP foi adiada.    Esperamos contar com a compreensão e a participação de todos na Praça João Felipe  no dia 05/11 (quarta-feira).
Horário: 13:00 às 17:00
Apresentações teatrais, pinturas, capoeira, hip hop, recitais de poesia, mostra de fotografias, músicas, ciranda, comidas típicas, desfile, desenho, reciclagens e muito mais.
Não percam!!!

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

De volta ao castelo




Vejo e revejo a foto emoldurada na parede de minha memória. O olhar recupera em alto zoom aquele tempo perdido para alguns, mas cravado no íntimo de minhas lembranças. Bons tempos aqueles em que minha escola era castelo encantado, templo indestrutível e alheio às  guerras dos meus heróis preferidos.

A professora e os alunos lançavam olhares curiosos sobre a menina pequena que se escondia no fundo da sala  com um olhar assustado que denunciava sua condição assustada  naquele novo ambiente.Olhar amedrontado, curioso, choroso tomava conta dela naquela nova estação que, por motivos diversos, ela foi obrigada a embarcar.
Fico imaginando hoje o que passava pela cabeça daqueles meninos e meninas ,já adolescentes com suas descobertas, diante daquele pedacinho de gente que chegava para estudar com eles. E a professora, a Tia Laura, olhava tão intensamente e admirada para mim que me obrigava a fugir com olhar para a janela , buscando um refúgio seguro. Ela nem imaginaria que um dia seria uma personagem a bailar em frases entrelaçadas de homenagem fisgadas da memória tímida e especialmente reconhecida pelo bem vivido. Nem eu sabia que ali seria aberto ou me apresentado, um vasto mundo de letras a decifrar, feito poema, todo bordado de entrelinhas e infinitos efeitos.
Logo Tia Laura foi tecendo o fio imenso que nos separava com carinho, palavras doces e sorriso largo. Seu olhar dizia mais que a voz, despontavam a calma que eu buscava para continuar sorrindo e fugindo dos bombardeios de brigas e discussões que me acompanhavam fora das muralhas de meu castelo.
Eu jamais  cogitaria estar nesse meio de enredos genuínos e originais de vidas em contínuo prosseguir. Sempre fui destaque em suas lições zelosas. Assim, um dia, contaria uma célula da sua história imantada no tempo. O que poderia fazer vibrar algo de obscuro num coração embevecido de agradecimentos. Logo ela tornou-se tão minha que os outros alunos reclamavam enciumados e ela, sempre repetia que amava a todos, mas a pequenininha merecia mais cuidados e isso me deixava extremamente feliz.
Na verdade, Tia Laura não sabia do bem que fazia àquela menina tão cheia de sonhos e de medos, resultantes de uma realidade dura que jamais foi revelada aos colegas nem a ela mesma, por mais que a amasse e se sentisse protegida no castelo.
Um dia , em mais uma atividade, tinha Laura distribuiu pequenas imagens, figuras e distribuiu cadernos para que contássemos uma história. Remexi as figuras até encontrar a que me despertava interesse... um castelo. Foi meu primeiro texto e lamento o tempo não ter me permitido tê-lo em mãos, mas sei que  escrevi desnuda de qualquer impedimento, como passarinho livre a criar seu caminho por entre laranjais e jardins. E a felicidade com que eu fazia aquilo hoje, resgatando, me espanta. Foi um "muito prazer" à escrita. Um amor à primeira vista para aquela menina de apenas oito anos. No final a professora boquiaberta com minha história, olhar marejando, sorriso escancarado que eu jamais havia visto. Uma face absurdamente admirada a rasgar elogios que me deixavam radiante sob protestos dos colegas que diziam que não tinha sido eu que escrevera.
Outras aulas se seguiram e mais e mais histórias foram surgindo. No ano seguinte, na metade do semestre Tia Laura mudou de escola e me vi sem a rainha do meu castelo encantado. Passei dias acamada, mergulhada numa tristeza imensa e a aversão ao castelo foi inevitável, porém logo superada devido ao carinho constante de minha mãe. Porém minhas histórias foram com Tia Laura e, em respeito a ela, minha mentalidade de menina não me permitia escrever mais no meu castelo, pois só minha rainha poderia ler e me ver voar como passarinho.
Lembro sempre dela quando leio um conto, quando escrevo...
Mal saberíamos nós que, um dia, minhas letras seriam textos em outras moradas de avivar sentimentos. E mal sabíamos também que me tornaria uma professora como ela. Talvez mais calma. Mas, com certeza, fiel ao seu modo honroso de ser, guardador de alguma referência de seriedade e prestezas. E de algo que pode nos fazer sempre seguir adiante e de cabeça erguida a olhar os plausíveis horizontes.

E eu, especialmente eu, nem sonharia que a minha Tia Laura, a rainha de meu castelo encantado, meu harém afetivo, seria a linda flor ou a relíquia a enfeitar esse meu escrito e, ainda, a grande responsável por ter me envolvido de letras e palavras nesse meu apaixonante universo que me torna passarinho por entre os campos.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Dia Especial


E meu dia do professor começou com um dia de antecedência, com uma imensa surpresa e ... extremamente florido.Meus terceiros anos fizeram a maior farra dentro da sala dos professores me deixando tão,tão, tão vermelha...
Mas depois da tremedeira e de alguns esclarecimentos, meu sorriso bobo deixou a felicidade transparecer.

domingo, 12 de outubro de 2014

Ser Criança...


Ser criança  é não pensar no amanhã.
É viver o agora intensamente
sem medo de se preocupar
com o que vai acontecer depois...
É correr de cara pro vento
debaixo de chuva
cair, se ralar, choramingar,
levantar e voltar a correr de novo
e de novo.
Ser criança é construir mundos
nos sonhos
onde a frieza dos adultos
não tem permissão para entrar.
Então...sejamos crianças
sempre,
Sejamos felizes!!!

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Paraíso

Contagem regressiva para o Festac 2014...
Para recarregar as baterias em uma semana extremamente corrida e cansativa...
Sol, mar, céu... ilha.


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Um desabafo...



E a homenagem póstuma se concretizou...  O que se presenciou desde a morte de Eduardo Campos foi um verdadeiro movimento de comoção, de apelo sentimental com uma família em completa exposição diante de um momento em que, em sã consciência, se considera propício e necessário para o recolhimento.
O "oba oba" de uma  tragédia explorada de forma carnavalesca até o último segundo me deixa extremamente preocupada com o futuro desse povo, antes tão caracterizado por ser "o leão do norte" e, agora, se mostra alienado e com sérios problemas de educação, leitura e senso crítico.
O que  lamento também é esse mesmo povo, mais especificamente da minha cidade, esquecer que durante todo esse período do coronelismo no poder aqui no nosso estado, mendigamos por uma resolução na situação de nossa única escola regular de níveis fundamental 2 e médio que amontoa nossos alunos em um espaço físico totalmente desumano. E nada foi feito... promessas se perdem no tempo e, ao que parece, na mente das pessoas também.
Diante disso, o Maranhão e a Bahia deram um basta no coronelismo que subjugava há séculos. Infelizmente por aqui ele reina soberano e, enquanto não tivermos uma educação de qualidade e nosso povo não entender que fanatismo religioso não pode ser misturado com política criando-se uma "teocracia", continuaremos vendo essas oligarquias governarem nosso estado por muito tempo.


domingo, 5 de outubro de 2014

Telas...

Sinais de Primavera








E quando faltam letras
 a solução 
                                                        é poetizar com cores... =)

Efeito A Bela Borboleta
Um dos meus prediletos

sábado, 4 de outubro de 2014

Reencontros...





Em tempos onde o amor, muitas vezes, tem sido deixado em segundo plano, me espanto em ver um sentimento que brotou há mais de 20 anos, na inocência de duas crianças e, mesmo com tantos desencontros e caminhos diferentes trilhados, ainda faz o coração bater tão intensamente...
Escolhas precipitadas, empecilhos, pessoas, trabalho, medo... nada disso fez a chama ser apagada. Só bastava um olhar tímido cruzar com o outro muito mais brilhante para o tempo parar e a primavera chegar, mesmo sem ser a sua época...
O tempo que afasta é o mesmo que aproxima, ajudando os caminhos a se cruzarem sempre e sempre. 
E traz de volta todo aquele filme lá de trás, onde o menininho sapeca e tagarela silencia ,diante da menina tímida ,das notas sempre altas...
As brincadeiras, as briguinhas pra chamar a atenção um do outro, a cartinha com letrinhas tortas e papel borrado, a promessa... registros, relíquias, tesouros de uma história tão parecida com tantas e tantas outras que eu acreditava que não ultrapassavam as capas dos livros que eu adorava ler...


terça-feira, 30 de setembro de 2014

Musical



Está chegando a hora de o "Tchêrceirão B" encerrar sua participação no Festac da Erem Pradines...
Depois de dançar ao som dos anos dourados em 2012 e de viver o Cortiço em 2013 , agora é hora
de se despedir, transformando a quadra da escola numa grande selva, regada com muita música
e fazendo muita gente grande voltar a ser criança... É o ciclo sem fim que nos guiará!!!

domingo, 28 de setembro de 2014

Amores meus


 Desde criança dizia que queria ser veterinária, mas não me deixavam ter um cachorro...
Cansava de pedir, mas não tinha jeito...
então cuidava das galinhas, dos patinhos e dos cachorros dos vizinhos.
Depois a química inorgânica não me permitiu seguir esse caminho e, embora tenha trilhado por outro bem diferente, meu amor pelos bichinhos continua o mesmo. Quando entrei na universidade, amoleci o coração do meu pai e hoje tenho três meninos lindos e brincalhões que
me fortalecem quando chego em casa exausta depois de um dia de trabalho.
Hoje pela manhã a farra foi total com o trio junto... e eu boba, brincando e me fortalecendo com esse carinho sem tradução que só eles sabem dar.



terça-feira, 23 de setembro de 2014


                            E hoje me desfiz em um silêncio extremo e me despi dos versos e da poesia...
                     Palavras alheias varreram a nuvem dos sonhos e me fizeram perder-me
dentro de mim mesma sem, pelo menos hoje, conseguir ter vontade de voltar...

sábado, 20 de setembro de 2014

Momento cultural...Vamos cirandar?

"Essa ciranda não é minha só, ela é de todos nós, ela é de todos nós..
Pra se dançar ciranda, juntamos mão com mão,
formando uma roda,
cantando uma canção."
"Essa ciranda quem me deu foi Lia, que mora
Ilha de Itamaracá..."









"Eu sou Lia...
da beira do mar
morena queimada do sal e do sol
da ilha de Itamaracá..."





                                                                                     Encontro entre alunos da Erem Pradines e alunos de uma escola pública de São Paulo, sob coordenação da Rainha da Ciranda, Lia de Itamaracá.                                                                                                                                             







E ,como não poderia ser diferente,
depois da roda de conversa  a ciranda tomou 
conta do encontro.                    

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Paixão sem placar



        Sempre tive o futebol como uma das minhas paixões, talvez por ter tido pai peladeiro que levava eu e meu irmão aos jogos e nos ensinava a respirar futebol em casa, não sei. O que sei é que deixo muito marmanjo machista caladinho no que se refere a discutir com coerência sobre os jogos e o que circula nesse meio. Nesse aspecto fujo das minhas características e nem de longe lembro a menina tímida que muitos conhecem. Sou fã do futebol brasileiro, futebol arte, jogado com garra e com uma técnica que não a toa nos deu cinco títulos mundiais. Porém em minhas conversas, em meus momentos de comentarista, desde o início enxerguei uma seleção e um país que insistia em dar brilho a só uma estrela que brilhava e ofuscava, ou escondia mesmo, os defeitos que o conjunto possuía. Muitas vezes esses meus comentários foram  mal interpretados e soavam como se eu estivesse avessa, contrária ao meu país. Não, nunca torço contra minha seleção, mas isso não me torna cega. Isso não me faz enxergar a existência de grupos mais bem plantados, que possuem um conjunto que joga com harmonia, como uma grande orquestra. Futebol é conjunto, é equipe. Lances de individualismo existem, assim como alguém com um talento a mais que quando se mais precisa aparece para decidir, porém, mesmo assim, para que isso ocorra tem que haver um equipe sólida para dar cobertura. Isso é futebol, independentemente da nacionalidade que esteja sendo defendida.
            O escritor e jornalista esportivo Carlos Heitor Cony disse que deixou de acreditar em Deus quando viu o Brasil perder para o Uruguai no Maracanã, em 1950. E o que dizer diante da chacina ocorrida no Mineirão diante da Alemanha? 
Uma partida de futebol não dura só 90 minutos. Dependendo de seu desfecho ela pode durar uma vida inteira. O tempo jamais apaga da memória dos expectadores determinados momentos. Eles carregam em flashes e são testemunhas vivas daquele momento seja ele feliz ou não.  Brasil x Alemanha não acabou quando o árbitro prostrou-se ao meio campo  e encerrou a partida. Ainda está rolando... e vai demorar muito para nossa memória projetar o fechar dos portões, a ida silenciosa para casa de uma legião que  parecia estar saindo do  velório de um ente querido, o apagar das luzes do palco eternamente marcado, o silêncio mórbido quebrado apenas por grilos e outros minúsculos bichinhos noturnos que alheios a isso tudo, perambulavam pelo tapete verde em busca de alimento...
         Não fui testemunha do Maracanazo de 50.  Tentava imaginar como seria o gostinho de uma copa dentro de nossa casa. Por isso me dei o direito de ir a dois jogos e, embora não tenham sido de minha seleção, me senti realizada com toda aquela atmosfera futebolística aliada a um nacionalismo e à alegria de povos de várias nações. Por momentos me vi criança diante de um brinquedo mágico e insistentemente desejado. Olhar marejado, sorriso escancarado e uma alegria singular... Era uma linda mistura de cores, de sons, ritmos e falares... uma sensação que nem todos conseguem sentir. 

           O desfecho final para nós foi o pior pesadelo, apesar de sabermos que nossa seleção não estava bem. O que senti diante disso tudo? raiva. Decepção.E isso doeu...  doeu porque vi um povo de mãos dadas, unido em duas cores demonstrando o orgulho de pertencer a essa terra, apesar de todos os problemas. Doeu porque vi crianças às lágrimas diante da queda de seus heróis preferidos. Doeu ainda por ver homens aos prantos, decepcionados pela derrota que tirou deles a imagem de super heróis invencíveis que a mídia  colocou neles. Apesar da dor, da raiva, da decepção, da educação e da saúde pública precárias, da corrupção, da violência... sou filha dessa terra. Sou brasileira. O verde e amarelo são as cores que sempre estarão correndo em minhas veias junto com o rubro do meu sangue. É esse o país que amo e esse amor é muito , muito maior que qualquer resultado de uma partida de futebol.

domingo, 8 de junho de 2014

Mais um...


Mais um ano...de conquistas, sorrisos, mudanças, tropeços, vitórias.
Mais um ano se vai e outro vem...
e permanece
o sorriso tímido...
os sonhos
as paixões
o brilho no olhar...
a mulher...
a menina.




segunda-feira, 26 de maio de 2014

Extravasa na copa-


Em época de copa, meu Terceirão B deixou sua arte no muro da quadra, dando
cores e alegria ao projeto Extravasa na Copa!!

Ameeeiii !!! =)

sábado, 3 de maio de 2014



“Eu moro em mim mesma. 

Não faz mal que o quarto seja pequeno.

É bom, assim tenho menos lugares para perder as minhas 

coisas.”

quinta-feira, 1 de maio de 2014

#sennaEterno

Há exatos vinte anos eu ainda era uma menina e, pela primeira vez, senti de perto a dor da perda de uma pessoa especial. Sempre me acostumei a levantar cedinho aos domingos e esperar pela presença constante do meu herói, que chegava sempre com a bandeira brasileira em punho a bordo de um carro de F1.
Diferentemente das meninas de minha geração eu não colecionava fotos de Brad Pitt, Tom Cruise e cia. Em meus portfólios as fotos eram de um brasileiro franzino, de sorriso tímido, olhar triste... e que se transformava quando vestia o macacão e entrava em um carro de Fórmula 1. Era o Ayrton Senna que me encantava com aquela maneira singular de demonstrar o amor por sua terra, por sua gente, em uma época em que o dinheiro não ofuscava o amor pelo que se fazia.
Ayrton foi uma parte do Brasil que deu certo. Um herói nos tempos modernos que, mesmo diante de um circo tão repleto de fortuna, se fazia simples, religioso e preocupado com o futuro de seu país.
Naquele primeiro de maio, por coincidência eu não estava prostrada em frente à TV. Estava em um piquenique com minha família e alguns amigos e não havia como ver a corrida. Mas meu pensamento sempre voltava-se para saber notícias sobre o andamento da prova. Então, um dos meus amigos chegou silencioso e estendeu-me a mão. Lembro que olhei nos seus olhos, e percebi que algo tinha acontecido. Sorri meio sem graça e apertei sua mão. Foi aí que ele me disse que o Ayton, meu ídolo, o cara que eu mais admirava, tinha ido embora na curva Tamburelo. Naquele momento faltaram-me palavras, meu corpo tremia e as lágrimas não me deixavam indagá-lo sobre detalhes daquele fato ou até onde teria veracidade.
Foi difícil quando as dúvidas se foram. Lembro que passei dias em casa sem ir à escola. Fui proibida de ligar a TV pq cada vez que o fazia, ia às lágrimas copiosamente. Era como se fosse alguém da minha família, mas no fundo, no fundo...ele era. Naquele momento era difícil acreditar que meu herói não era como o Batman ou o Superman... ele era de carne e osso e não ia sair daquele carro destroçado, sacudir a poeira e voltar à luta...e isso doeu demais.
Hoje, vinte anos depois, aquela menina cresceu, as lágrimas secaram, mas o coração continua de luto e a presença do Ayrton é muito forte em tudo o que faço, principalmente quando preciso de doses de determinação, coragem, fé, e ousadia. A imagem do brasileiro herói, ninguém vai apagar de minha memória.
#sennaEterno.


domingo, 20 de abril de 2014

#LUTO

               Sempre gostei de esportes e cresci acompanhando as coberturas de jogos de vôlei, basquete, futebol, handebol, tênis, automobilismo... Por outro lado, minha profissão me faz conviver com as palavras e, talvez por isso, o jornalismo também me fascina, principalmente se for jornalismo esportivo... Então, estou triste, muito triste mesmo com a partida precoce do jornalista, narrador, locutor, intelectual, torcedor...Luciano do Vale. Sempre fui fã da maneira como ele con
duzia as partidas de futebol. Totalmente imparcial (como  tem que ser, aliás!) sem precisar estar "puxando o saco" de jogador A ou B, como se tem visto. Suas colocações sempre foram bastante coerentes e alheias a qualquer preconceito besta criado por hipócritas em relação ao futebol nordestino. Pernambuco, aliás, foi tratado com bastante carinho por Luciano. A torcida pernambucana e o nosso "trio de ferro" era destacados e elogiados ao longo de suas narrações. Não à toa, por um tempo, escolheu Porto de Galinhas como refúgio da correria do Sudeste...
               Sou de uma geração que surgiu no momento em que o vôlei  e o basquete começaram a ganhar importância no cenário nacional graças à voz de um cara que fez o país do futebol de Pelé,  Zico e Garrincha abrir os olhos  e se curvar diante das cortadas de Bernard, Marcelo Negrão e Tande , das cestas espetaculares de Magic Paula e da Rainha Hortência, dos socos de Maguila, da velocidade de Hélio Castro Neves e Emerson Fittipaldi e, mais recentemente, do talento  e genialidade de Marta, Formiga e cia. 
                Luciano do Vale , do vôlei, do Brasil... um homem, um profissional, uma voz.  Um ser humano que amava sua terra, sua gente.  Ele me habituou a ter sua companhia em tantos momentos bons e emocionantes proporcionados por meu Corinthians. Impossível enumerar a quantidade de jogos  que eu estava com ele, tão longe e tão perto. Ele tão íntimo e eu tão desconhecida... mas sua voz estava sempre em minha casa, numa presença só dispensada quando  não era permitido chegar a esse extremo nordestino.   Como esquecer a narração do gol de Edílson ,"o Capeta" , em cima do Real Madrid  e o pênalti desperdiçado por Edmundo no primeiro título mundial? Também nunca sairá de minha memória sua voz emocionada  no primeiro gol de Ronaldo diante do Palmeiras. Nem sei como vai ser comemorar um título do meu time sem a emoção que só a voz dele proporcionava...
              Dez copas do mundo no currículo não foram suficientes para tirar a gana de participar de mais uma e, desta vez, em casa. O cansaço, a saúde frágil, a correria da profissão não ousavam tirar de sua mente o quão especial seria cobrir esse evento em casa. Infelizmente o coração de Luciano não aguentou e fez sua voz se calar antes da primeira partida ser iniciada. Voz empolgante do homem que já nos emocionou em tantos momentos do nosso esporte foi silenciada por uma peça pregada pelo destino.  Vai ser difícil assistir aos jogos sem sua narração, sem se emocionar com seu grito de "gol". O Brasil perde seu craque do jornalismo esportivo, seu camisa 10... o homem que fez o país abrir os olhos para outros esportes. O jornalista que nos apresentou Magic Paula, a rainha Hortência e tanta gente boa. Como o esporte vai viver sem ele? O que sei é que jornalistas, telespectadores e apaixonados pelo esporte estão órfãos. Perdemos um grande ser humano que frequentava nosso meio com sua voz e seu talento inquestionável.
            Estamos às vésperas da Copa do mundo...  o país do futebol se veste de verde e amarelo e abre os braços para receber o mundo. Equipes quase formadas, palcos  ainda se aprontando, espetáculos marcados, torcida afinando os gritos... e quis o destino que o homem, a voz , o gênio partisse antes de ecoar o som do apito inicial dos jogos na casa do futebol.  Certamente Messi, Cristiano Ronaldo, Ribery e Neymar desfilarão por nossos gramados e estufarãos as redes e outros locutores narrarão o momento, mas com toda certeza, que me perdoem,  nenhum deles conseguirá  descrever com tanta emoção e magia o encontro mágico da bola com as redes , do que Luciano do Vale. O que nos resta é  guardar no coração  aquela voz que, independentemente do clube, nos emocionou em algum momento e rogar a Deus que o coloque em um bom lugar para que , mesmo  lá do céu, ele continue sendo o dono do grito  de gol mais bonito do Brasil.
Vai em paz, amigo.
Sentirei muito a falta de sua companhia nas transmissões dos jogos do meu Corinthians!

Tati Oliveira.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Meus amigos... =)


Em meio a tantos afazeres ainda, com muito prazer, tenho que dedicar um pouco do meu tempo a eles... meus bbs (que já não são mais tão pequeninos assim...). Teddy (um cocker spaniel de 2 anos e meio), Dante (um labrador de, hoje, 60 kg e 1 ano e meio) e o caçula Benji (um poodle de 6 meses) são meus grandes amores. Três cães que distribuem carinho sem pedir nadinha em troca. São eles os grandes responsáveis por recarregar minhas baterias quando chego cansada ou quando a tristeza ousa bater a minha porta. São animais extremamente amados  e queridos. Quem disse que amizade necessita de palavras compartilhadas? Eles são a prova real disso... fortalecem com um olhar, me entendem com gestos de minhas mãos e jamais escondem o que sentem, demonstrando uma  fidelidade que impressiona. São meus grandes amigos...estão sempre ao meu lado. Muitas vezes me fazem criança de novo correndo e deixando-me rolar no chão para atender às suas brincadeiras. Com toda certeza, esse trio barulhento e travesso é responsável por dar mais cores o meu mundo... =)

Adiós, maestro...



"No llores porque se terminó...sonríe porque sucedió" dijo alguna vez el genial Gabriel García Márquez. Nuestra sonrisa y nuestro aplauso para uno de los escritores más talentosos de todos los tiempos. Adiós Maestro

segunda-feira, 14 de abril de 2014

=)








De vez em quando é bom voltar a ser criança pra driblar um pouco a seriedade da vida adulta...
#jabuticabasdointerior =)

domingo, 30 de março de 2014

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Férias...


                                "... e se eu estiver triste, simplesmente me abrace..." (Jota Quest)

E enquanto as aulas não voltam, estou por aí, andando e voando pelas terras das borboletas. =)