quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Algumas palavras: Diário de bordo...

Tenho aprendido tanta coisa comigo mesma ultimamente... ficar sozinha faz crescer, sabiam? Faz também enxergar coisas, refletir e conhecer pessoas mais intensamente... Tenho aprendido a evitar situações, a enfrentar outras com a cabeça erguida, mesmo que o coração ainda esteja em lágrimas.
Quando as pessoas falam que "a amizade continua do mesmo jeito..." ou "nada vai mudar..." no fundo, no fundo não é verdade. "Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia..." Tudo muda. Conversas, sorrisos, presenças, olhares, pensamentos... o tempo trata de modificar, de tirar o colorido tão vivo que existia antes... é sempre assim... por mais que digam o contrário.
Mas, querem saber? Bola pra frenteeee!!!
O tempo apaga tanta coisa... mas sou meio prisioneira dele. Sou meio apegada demais a coisas e pessoas e também a momentos. É meio louco isso... mas é a mais pura verdade. Tenho o "péssimo" hábito de me apegar demais... e me ferro quase que sempre. Não sei colar uma imagem por cima de outra "rasgada" e continuar a contar a história como se nada tivesse acontecido, como se fosse já outra história. Não sei mesmo...
Assim segue a vida... e me vem agora à memória a metáfora do trem que é relacionada aos amigos que são estações e ficam para traz... muitos nunca mais voltarão a serem cruzados, em todo despertar do sol, pelo mesmo trem... pouquíssimos conseguem isso... de verdade.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Ponderações de um cabra sobre a saudade

É carnaval


Carnaval Recifense

É bom acordar no sábado de Zé Pereira

E ver Recife vestir-se pra folia.

A diversidade das cores forma uma

Grande tela, pintada sem aquarela,

Sob os pincéis de milhões de artistas

Que se escondem por entre máscaras

E transformam tudo em festa,

Tudo em alegria,

Tudo em magia.

É carnaval, Recife!

Acorda pra ver a mistura

do riso debochado,

da crítica irreverente,

da magia cultural.

É carnaval, Recife!

Vem ver

O Homem da meia-noite que casou com a mulher do meio-dia

E, juntos, deram vida ao menino da tarde

sob o canto soberano do galo da madrugada...

É hora de deixar o coração frever e torcer o

corpo sob o som frenético do frevo.

É carnaval, Recife!

Poético,

Estridente,

Ensurdecedor,

Multicolorido,

Multicultural...

Abre alas, Recife

Celebra teu carnaval!

Tati Oliveira. Fev/08

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Eu


Sou a Tati das poesias eternas…

a das pinturas surpreendentes em dias de chuva...

... a das constantes tempestades...

a das palavras mortas... do silêncio...

a da timidez sufocante...

a da mania de perfeição...

a da vida no computador... da loucura pela internet...

do chocolate ao leite... da coca-cola... do bem-casado...

a dos bichinhos de pelúcia...do quarto cor de rosa...

das bonequinhas mimosas...

a do Pequeno Príncipe...

do filme dos poetas mortos...

do Ayrton Senna...

a do fanatismo corinthiano (sempreee!)...

a das tulipas... dos cachorros...dos pássaros...

das duas mães...

a das borboletas...

a da saudade das aulas inesquecíveis...

a do carinho pelos grandes mestres, sempre!!...

a do soninho preliminar no sofá...

a das quedas constantes...

dos medos...

a dos dias de luto por si mesma...

das revoltas...

das decepções...

do isolamento...

a da paixão pelos poemas melancólicos de Alejandra Pizarnik e Florbela...

das noites diárias...

a das lembranças doces e amargas...

a da necessidade de abraços...

da falta de palavras...

a da falta de sono na madrugada...

da soneca nos ônibus...

a do medo de si mesma...

A Tati das palavras carinhosas,
do sorriso escondido...
da paixão pela amizade...
A Tati menina...
que se faz grande sem mesmo perceber.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

90 anos da Semana da arte Moderna





Há exatos 90 anos um grupo de jovens intelectuais brasileiros revolucionaram a arte brasileira ao se reunirem em São Paulo e realizarem a Semana da arte Moderna. A partir daquele momento fosse na pintura, na literatura, na arte em geral, o Brasil deixava de lado os moldes europeus e proclamava sua independência artisticamente falando. Foi um grito de liberdade! Foi uma geração que ousou com irreverência e inteligência e escreveu, talvez, a página mais bonita da arte brasileira.

Nomes como manuel bandeira, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral... foram eternizados na história da arte brasileira.

A Semana de 22 apresentou conceitos inéditos à plateia brasileira, mas que já estavam tomando forma pelo mundo. Essa nova arte, apresentada de um modo autenticamente brasileiro, basicamente contestava tudo o que se conhecia até então: poesias declamadas (antes eram apenas escritas e lidas), noções de artes plásticas aplicadas na tela, concertos acompanhados de cantoria, e tantas outras inovações que, hoje em dia, se tornaram comuns.

Para o público erudito da época, tanta mudança de uma só vez era um escândalo. A Semana de 22 é relembrada como o estopim do modernismo em oposição à vanguarda. Algumas anedotas curiosas do evento ainda dão o que falar – como o fato do maestro Villa-Lobos ter comparecido ao Teatro Municipal de chinelos! Irreverente? Não. Sofria apenas de um caso agudo de joanetes!

Para quem faz arte no Brasil hoje em dia – e, por arte, entende-se todas as formas de expressão -, a Semana de 22 é relevante por ter aberto portas, desafiado, e provado que é possível ousar e não mais acatar o que era feito antes. Uma postura que, no cenário atual, é muito importante! Antes, o novo e o original eram vistos com desconfiança. Hoje, as pessoas estão muito mais receptivas ao que é diferente. Será que estamos prontos para a próxima evolução?



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Eles me fazem muita falta...




Quando a tristeza ameaçava chegar, eles coloriam minhas manhãs com muita alegria...
Saudades muitas de minha galerinha que me ensinava a brincar nas aulas de português...