segunda-feira, 27 de setembro de 2010

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Letras

As letras podem ser únicas: DNA Podem ser sóbrias: AA As letras podem ter conteúdo: ETC Podem dar prazer: G As letras podem ser um parâmetro: QI Podem ter muito peso: KG As letras podem ser alucinantes: LSD Podem ser profundas: OM As letras sempre têm algo mais a dizer: PS Podem ser implacáveis: RIP As letras podem ser de grande ajuda: SOS Podem ser explosivas: TNT As letras podem te marcar por toda a vida: HIV Podem ser um alívio: WC Podem significar infinitas coisas: N As letras podem causar delírio de grandeza: XL Podem ser muito explícitas: XXX As letras podem ter um bom final: Z Ler é comunicar-se, sonhar, imaginar, entreter-se, aprender, conhecer. Desenvolve o vocabulário, a compreensão e o pensamento crítico. Leia mais e melhor! “A leitura torna o homem completo; a conversação torna-o ágil, e o escrever dá-lhe precisão”. (Sir Francis Bacon, 1561-1626 - filósofo e estadista britânico) Arte: cinquenta caracteres de Almir

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Primavera


A primavera é a estação dos risos,
Deus fita o mundo com celeste afago,
Tremem as folhas e palpita o lago
Da brisa louca aos amorosos frisos.

Na primavera tudo é viço e gala,
Trinam as aves a canção de amores,
E doce e bela no tapiz das flores
Melhor perfume a violeta exala.

Na primavera tudo é riso e festa,
Brotam aromas do vergel florido,
E o ramo verde de manhã colhido
Enfeita a fronte da aldeã modesta.

A natureza se desperta rindo,
Um hino imenso a criação modula,
Canta a calhandra, a juriti arrula,
O mar é calmo porque o céu é lindo.

Alegre e verde se balança o galho,
Suspira a fonte na linguagem meiga,
Murmura a brisa: - Como é linda a veiga!
Responde a rosa: - Como é doce o orvalho!


1° de Julho - 1858


Casimiro de Abreu

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Olhar afinado


A parisiense Anastassia Elias descobriu uma nova forma de reciclar os velhos rolos de papel higiênico. Provocando jogos de sombras parecidos com projeções em miniatura, a artista de 33 anos constrói pequenas cenas do quotidiano, capturando momentos de vida únicos no interior dos pequenos rolos. Anastassia leva até 3 horas para construir cada peça. A paciência e perfecionismo do seu trabalho têm muito a ver com a inspiração nos tradicionais barcos de madeira que são montados dentro de garrafas de virdros. Partindo desta ideia, a autora aprendeu a recortar papel da mesma cor do rolo para colar no seu interior, criando uma ilusão de continuidade e aumentando o jogo de luzes.
Li no Obvious

Retirado de professor texto.

domingo, 19 de setembro de 2010

Um lindo e feliz Aniversário


Existe apenas uma idade para sermos felizes, apenas uma epoca da vida de cada pessoa em que é possível sonhar, fazer planos e ter energia suficiente para os realizar apesar de todas as dificuldades e todos os obstáculos. Uma só idade para nos encantarmos com a vida para vivermos apaixonadamente e aproveitarmos tudo com toda a intensidade, sem medo nem culpa de sentir prazer. Fase dourada em que podemos criar e recriar a vida à nossa propria imagem e semelhança, vestirmo-nos de todas as cores, experimentar todos os sabores e entregarmo-nos a todos os amores sem preconceitos nem pudor. Tempo de entusiasmo e coragem em que toda a disposição de tentar algo de novo e de novo quantas vezes for preciso. Essa idade tão fugaz na nossa vida chama-se presente e tem a duração do instante que passa.

Parabéns para minha querida amiga Ana!!
Tudo de bom pra vc!! =)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A palavra


Navegador de bruma e de incerteza,
Humilde me convoco e visto audácia
E te procuro em mares de silêncio
Onde, precisa e límpida, resides.

Frágil, sempre me perco, pois retenho
Em minhas mãos desconcertados rumos
E vagos instrumentos de procura
Que, de longínquos, pouco me auxiliam.

Por ver que és claridade e superfície,
Desprendo-me do ouro do meu sangue
E da ferrugem simples dos meus ossos,
E te aguardo com loucos estandartes
Coloridos por festas e batalhas.

Aí, reúno a argúcia dos meus dedos
E a precisão astuta dos meus olhos
E fabrico estas rosas de alumínio
Que, por serem metal, negam-se flores
Mas, por não serem rosas, são mais belas
Por conta do artifício que as inventa.

Às vezes permaneces insolúvel
Além da chuva que reveste o tempo
E que alimenta o musgo das paredes
Onde, serena e lúcida, te inscreves.

Inútil procurar-te neste instante,
Pois muito mais que um peixe és arredia
Em cardumes escapas pelos dedos
Deixando apenas uma promessa leve
De que a manhã não tarda e que na vida
Vale mais o sabor de reconquista.

Então, te vejo como sempre foste,
Além de peixe e mais que saltimbanco,
Forma imprecisa que ninguém distingue
Mas que a tudo resiste e se apresenta
Tanto mais pura quanto mais esquiva.

De longe, olho teu sonho inusitado
E dividido em faces, mais te cerco
E se não te domino então contemplo
Teus pés de visgo, tua vogal de espuma,
E sei que és mais que astúcia e movimento,
Aérea estátua de silêncio e bruma

Carlos Pena Filho

sábado, 11 de setembro de 2010

pontos de vista


quem passe pelo bosque e veja lenha pra queimar.
Tolstói Arte: Renoir


Vou mais além... há ainda os que não querem sair de lá...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Lunar


As casas cerraram seus milhares de pálpebras
As ruas, pouco a pouco, deixaram de andar.

Só a lua multiplicou-se em todos os poços e poças
tudo está sob a encantação lunar...

E que importa se uns nossos artefatos
lá conseguiram afinal chegar?

Fiquem arando os sábios seus bodoques:

a própria lua tem sua usina de luar.

E mesmo o cão que está ladrando agora

é mais humano que todas as máquinas
sinto-me artificial com essa esferográfica.


Não tanto...Alguém me há de ler com um meio sorriso

cúmplice...Deixo pena e papel...e, num feitiço antigo,

à luz da lua inteiramente me luarizo...


(Mário Quintana in Apontamentos da vida sobrenatural.)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Escola...saudade


Tem dias que a nostalgia e a saudade batem forte.
Quem nunca sentiu saudades da infância? Do cheirinho de liberdade que reinava pelo nosso mundo pequenino?... Dos passarinhos que cantarolavam do alto das árvores anunciando mais uma nova manhã?
Minha infância teve dessas coisas...
Como era bom explorar a goiabeira da casa de minha vó com meu irmão...
e o pé de jambo de casa? Quantas e quantas vezes não me escondia com Tácio lá em cima, amarrava uma linha de anzol nos jambos e soltava para quando as pessoas que passava fossem, felizes, pegar o jambo que caíra, nós puxarmos a linha, como em uma pescaria de vara de bambu...
Hoje, à medida que o ônibus da escola rodava, eu lembrava da época da primeira série quando todos os dias minha mãe me levava para a escolinha do centro da cidade. Sabe aquela época de primeira série? Época em que ficávamos sonhando com o primeiro dia de aula, loucos pra 'estrear' a mochila nova, os cadernos novos, os lápis de cor novos ( era o que mais me alegrava!!! Desenhava tudo o que vinha na cabeça e distribuia as cores, dando vida às minhas "obras de arte").
Lembro também do meu cantinho na sala de aula, pertinho da janela onde, segundo os meninos, era o lugar de sorte, motivo de minhas notas altas! Na hora da aula, (pasmem!!!), tudo o que a professora perguntava eu respondia de imediato. Respondia tudo, ia ao quadro, lia livros (desde pequena!), reunia os colegas e contava as histórias...
Foi tão bom lembrar desse tempo que não volta mais, porém que está pra sempre gurdadinho por aqui...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Aprendemos palavras para melhorar os olhos


Na escola lembro que passava horas inventando frases com os elementos da tabela periódica para conseuguir memorizar todos...
Aprendi tantas fórmulas de matemática e física, inúmeras nomenclaturas, classificações dos seres viso... tantas e tantas regras...
Me via louca para aprender as conjugações verbais, conseguir juntar a História Geral com a do Brasil... tanta coisa me foi ensinado e muita, mais muita mesmo, já esqueci... Ficou pelo caminho.
Mas por quê será que ninguém, naquele tempo de escola, nunca me ensinou a abrir os olhos e ver a beleza de um nascer de sol? Por que nenhum professor me ensinou a sentir e a desvendar a beleza inserida em um poema?
Recentemente li um texto de Rubens Alves que remetia a isso: "As escolas estavam mais preocupadas em fazer com que os alunos decorassem palavras que com a realidade para a qual elas apontam".
Demorei a entender isso. Na verdade, até na Universidade isso acontecia e ainda acontece. Quando lembro da lista de declinações de latim... da cartilha de verbos de espanhol... era tortura pura. Continuava a me perguntar onde havia importância naquilo tudo e sabia que uns semestres depois, o "bichinho do esquecimento" iria varrer tudinho de minha mente como varreu as fórmulas matemáticas, as nomenclaturas de biologia, as datas de História...

Voltando a Rubens Alves, ele diz que as crianças têm olhos encantados e a escola deve ensiná-las a ver, pois só elas podem ver o que os eruditos não têm a capacidade. Acho que ainda tenho um "restinho" de criança por aqui e acho também que na Universidade felizmente nem todos tinham aquela ideia de vedar os olhos dos alunos e empurrar conteúdo de "ouvido a dentro". Sim, foi lá, dentro das muralhas da Universidade que me ensinaram a abrir os olhinhos encantados de criança e ver muito além das teorias. Não pensem que foi nas aulas de literatura, mas nas aulas de uma disciplina que demorei tanto a cursar por falta de interesse...Psicologia!
Foi lá que aprendi a ver com os olhos encantados das crianças. Foi lá que aprendi a ver a beleza escondida em meus próprios poemas...
A partir dessa nova maneira encantada de ver, as borboletas passaram a ter outro colorido e as palavras, as belas palavras daquelas aulas ajudaram meus olhos a ver o mundo com outros olhos. E tenho plena certeza de que essa "teoria encantada" o bichinho do esquecimento jamais vai tirar de mim!!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Minha Vida em Preto e Branco...


O que seria de mim se não enxergasse a vida em preto e branco?
Certamente não me emocionaria quando escuto aquele hino, aquele sonzinho...tãtãtãtãtãtã...
Certamente não defenderia me time com unhas e dentes...
Certamente não veria sentido em ficar ao pé da tv, do pc ou do rádio quando tem jogo do meu timão...
Dificilmente saberia tanto ( sem medo de modéstia mesmo!) sobre esse esporte tão envolvente chamado futebol.
Se eu não tivesse esse dom (sim, ser corinthiano é um dom!!), jamais sofreria com as derrotas e aprenderia a levantar, como a fênix, imponente após cada vitória.
Ah... Corínthians...
Esse teu mundo preto e branco me energiza, me conquista cada vez mais e me faz ser mais uma louca do bando...

Ser corinthiano é uma magia que ultrapassa as explicações...
os "menos felizes" limitam-se a falar sobre conquistas ausentes em nossa história, mas que bobos!!! Nunca sentirão a magia que corre nas veias de quem tatua no interior do coração aquele símbolo mágico, lindo, imponente!!
O corínthians é maior que qualquer conquista... somos uma verdadeira nação!! Uma nação apaixonada que, diante das adversidades se faz mais gigante e fiel ao clube.


Como diz, o grande toquinho: " Ser corinthiano é ir além de ser ou não ser o primeiro. Ser Corinthiano é ser também um pouco mais brasileiro!!"

Parabéns, CORINTHIANS!!!