sábado, 19 de setembro de 2009

Primeira aula de Dinâmica de Grupo ( diário de bordo)


Ufa! Pensei que não fosse dar conta, mas aqui estou eu sã e salva após a primeira aula de Dinâmica de grupo. Foi difícil falar pra mim mesma que teria que me apresentar, como todos, diante de olhares desconhecidos e de dois que já conhecem a maioria dos fantasmas que sobrevoam por aqui...
Foi difícil esconder a tremedeira do corpo que mais parecia ser originária do frio da sala...
Foi complicado ordenar à minha voz que ela deveria decodificar o que minha mente tinha planejado,tinha arquivado.
Estava tudo prontinho. Um pacote embrulhadinho da fala que deveria ser exposta naquela sala de aula diferente. Todos foram falando, foram falando... e eu me contorcendo, enchugando a água fria que brotava das mãos; tentando inibir as lágrimas que queriam sair; abraçando a si mesma para esconder o "terremoto" interno que, a cada fala alheia, piorava, prevendo que não havia mais saída... "se estava na dança era pra dançar..."
Então chega um momento em que não é mais possível ser expectador. Era a vez de subir no palco e, por momentos, ser o que é mais complicado para um tímido : O centro das atenções!
E o pacote embrulhadinho da fala programada se desfez e sumiu no ar...
e uma louca mistura de sensações eclodiram, mas consegui buscar um ar não sei de onde e falei diante dos olhares que preferi ignorar, mas um deles via (acho que muito mais que os outros) a minha dificuldade de passar por mais aquela prova, por mais aquele desafio necessário.
Depois... a sensação de voltar a respirar é maravilhosa! É como se eu tivesse asas e elas tivessem sido amarradas, cortadas e depois da "exposição", elas voltassem a mim para que eu pudesse batê-las bem forte e voltar a voar, a controlar os meus pensamentos, a organizar a alma.

Engraçado foi que antes do início da aula, prostrada em frente à sala, uma quantidade imensa de coisas iam passando por minha cabeça, talvez tentando disvendar o que se ocultava por trás daquela porta. Coisas que me indagavam o porquê de eu não desistir. Vozes que me diziam que era melhor fugir, como tantas e tantas vezes já fizera... o medo do desconhecido me atormentava...
Depois, no final, a certeza (apesar de tudo), de que fiz certo em permanecer e, certamente, mesmo sabendo que muitos outros desafios virão, se eu não conseguir ficar na turma (ainda não fui confirmada...), um "tantinho grande" de tristeza vai me pegar e, por incrível que pareça, vai ser maior que todas aquelas sensações da apresentação e de muitas que ainda estão por vir.

Tudo isso me trouxe algumas palavras...: "...E você aprende que realmente pode suportar, que realmente é forte e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida. Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar".

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